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HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – AVANÇOS NO TRATAMENTO

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – AVANÇOS NO TRATAMENTO

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – AVANÇOS NO TRATAMENTO
11-07-17 | Tags: , , ,

hiperplasia prostática benigna é um tipo de crescimento natural da próstata (sem relação com o câncer de próstata) a ponto de dificultar ou até impedir a passagem da urina pela uretra. Com o passar dos anos, praticamente todos os homens terão hiperplasia, mas ainda não se sabe por que alguns desenvolvem mais e outros menos dos seguintes sintomas:

  • Dificuldades para urinar.
  • Diminuição da força do jato urinário.
  • Gotejamento no final da micção.
  • Micção em dois tempos.
  • Desejo de urinar durante a noite.
  • Necessidade de urinar várias vezes durante o dia.

Esses sintomas se iniciam, geralmente, a partir dos 50 anos de idade e se tornam mais intensos depois dos 60 anos.

Urologista no Hospital Sírio-Libanês e uma das referências no assunto no Brasil, o prof. dr. Miguel Srougi explica que aproximadamente 70% dos homens convivem bem com a hiperplasia prostática benigna. Ou seja, seus sintomas não são intensos, e por esta não representar risco de se transformar em algo mais grave, não requer tratamento. No entanto, os outros 30% precisam de tratamento. “Alguns casos conseguimos tratar com medicamentos, outros precisam de cirurgia aberta (convencional) e no meio desses dois modelos de tratamento consideramos e embolização (cirurgia minimamente invasiva) como um ótimo recurso”, afirma.

Depois de realizar testes na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, um grupo de médicos ligados ao Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e ao Hospital Sírio-Libanês passou a aplicar no Brasil, em homens, uma técnica inovadora para o tratamento da hiperplasia prostática benigna. Trata-se da embolização da próstata.

Desde o primeiro paciente, tratado em 2008 no Hospital das Clínicas, foram mais de 300 casos com mais de 90% de sucesso. Em meados de 2016, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou o uso da técnica em todo o País e, já a partir do final daquele ano, a embolização da próstata começou a ser realizada pelo Hospital Sírio-Libanês — primeira instituição privada do Brasil a oferecer o tratamento.

Segundo o dr. Srougi, “a embolização da próstata é indicada, principalmente, quando os medicamentos já não têm mais efeitos contra a hiperplasia e o paciente não pode ou não quer passar por uma cirurgia aberta”.

A embolização, embora também seja considerada uma cirurgia, é um procedimento minimamente invasivo, realizado sob anestesia local, sem necessidade de cortes ou de internação do paciente.

Um dos responsáveis pelo desenvolvimento dessa técnica no Brasil, o médico radiologista intervencionista prof. dr. Francisco Cesar Carnevale, também integrante do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês, explica que a embolização é um procedimento semelhante ao cateterismo. “Um cateter é introduzido pela virilha e guiado por um aparelho de raios X até a próstata, onde injetamos microesferas, parecidas com grãos de areia, que reduzem a circulação de sangue no local”, descreve. “Com isso, a próstata diminui de tamanho e fica mais macia, o que alivia a obstrução da uretra, permitindo a passagem da urina mais facilmente”, completa.

Já tendo o acompanhamento dos primeiros pacientes por mais de cinco anos (primeiros tratamentos feitos em 2008), os resultados são duradouros em mais de 80%. As pesquisas realizadas pelo grupo pioneiro da USP mostram que entre 15% e 20% dos pacientes podem voltar a ter sintomas urinários no período de 4 a 5 anos. Nestes casos, o paciente ainda terá as opções de fazer uma nova embolização ou submeter-se a tratamentos complementares com medicamentos ou optar pela tradicional ressecção transuretral (RTU).

A escolha do melhor tratamento contra a hiperplasia prostática benigna depende das necessidades e das condições de saúde de cada paciente e deve ser discutida com um médico urologista.

Na presença dos sintomas descritos no início deste texto, procure seu urologista de confiança para discutir sobre o melhor tratamento para o seu caso.

Fonte: Prof. dr. Francisco Cesar Carnevale, médico radiologista intervencionista no Hospital Sírio-Libanês, e prof. dr. Miguel Srougi, urologista no Hospital Sírio-Libanês

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